Como os sentidos influenciam o comportamento de consumo? 

Somos a soma de tudo o que vemos, ouvimos, falamos, sentimos… É através da nossa relação com o mundo que enxergamos o outro e a nós mesmos. E é também por meio dessa experiência que consumimos o que consumimos.

Entender que o mundo externo influencia as coisas que acontecem dentro da gente é o primeiro passo para você entender o marketing olfativo, muito utilizado em restaurantes e comércios que vendem cosméticos e produtos para beleza. Entender que toda a compra acontece no ambiente emocional é o primeiro passo para conseguir racionalizar o processo de compras.

O neuromarketing explica que todos os sentidos influenciam na nossa decisão e saber como manipulá-los a seu favor é um ponto positivo para o seu negócio.

Visão: a primeira impressão conta muito

A visão é, de longe, o sentido que mais nos impacta na hora de comprar algo. Já ouviu o ditado “a primeira impressão é a que fica”? Pois é. A gente decide muito com os olhos! As cores, o design da embalagem, a organização dos produtos na loja — tudo isso influencia nossa percepção de valor. 

Marcas que sabem usar a identidade visual a favor conseguem destacar um produto no meio da multidão. Um bom exemplo são os smartphones da Apple. Não é à toa que eles são conhecidos pelo design minimalista e sofisticado, que passa a sensação de exclusividade e inovação.

Audição: o som certo faz a diferença

O som também tem papel importante nas nossas decisões de compra. Já reparou como algumas lojas tocam músicas mais calmas e tranquilas, enquanto outras preferem algo mais animado? Isso não é à toa. 

O tipo de música pode influenciar o tempo que você fica no ambiente e até o seu humor. Um exemplo clássico são as lojas da Abercrombie & Fitch, que investem em playlists que fazem os clientes se sentirem em uma festa — isso ajuda a criar uma atmosfera jovem e descolada.

Tato: a sensação ao toque importa

A sensação ao toque é outro fator que faz toda a diferença. Produtos que proporcionam uma boa experiência tátil tendem a ser mais valorizados. Sabe quando você pega uma peça de roupa e já sente a qualidade só de tocar?

Pois é, o tato faz a gente associar aquilo a algo de valor. Um exemplo comum é nas lojas de móveis e decoração, como a Tok&Stok, em que os clientes podem tocar e testar os produtos, sentindo a textura e o conforto.

Olfato: memórias e sensações através do cheiro

O olfato é poderoso porque está diretamente ligado à nossa memória e às nossas emoções. É por isso que algumas lojas investem em criar identidades olfativas — aquele cheiro único que faz você se lembrar da marca só de senti-lo. 

O aroma de pão fresquinho em padarias ou o cheiro agradável em lojas de roupas, como a Zara, são exemplos clássicos. Esse truque não só melhora a experiência do cliente, como também ajuda a criar uma conexão emocional com a marca.

Paladar: a experiência de provar antes de comprar

Por fim, o paladar. Esse sentido é muito usado por empresas de alimentos, claro, mas não só por elas! As degustações em supermercados são uma forma clássica de fazer o cliente experimentar e se convencer de que precisa daquele produto. 

O interessante é que essa estratégia cria uma experiência direta e pessoal. Quando a gente prova algo e gosta, a decisão de compra fica muito mais fácil. 

É por isso que as feiras gastronômicas e os eventos de degustação são tão populares — eles permitem que a gente tenha uma experiência sensorial completa.

Como as empresas podem usar os sentidos para impulsionar as vendas?

Agora que você já viu como os cinco sentidos influenciam o comportamento de consumo, fica claro que as empresas que conseguem criar experiências sensoriais positivas saem na frente. Algumas estratégias que elas podem adotar incluem:

  • Visual atrativo: investir em embalagens bonitas e em design de loja que chame a atenção;
  • Som ambiente: escolher a música certa para criar a atmosfera desejada, seja de tranquilidade, seja de animação;
  • Experiência tátil: deixar os clientes tocarem, testarem e sentirem os produtos antes de comprar, principalmente em segmentos como moda, móveis e decoração;
  • Aroma marcante: desenvolver um cheiro único para a marca ou a loja, criando memórias sensoriais que conectam o cliente ao produto;
  • Degustações: oferecer amostras para que os consumidores possam experimentar antes de comprar, especialmente em eventos e lojas de alimentos.

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